quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Âmago

Do fundo do meu ser.
Algo se esconde!
Priva meu crer...
No horizonte da evasão.
No caos do silêncio...
Avisto uma penumbra de imensidão!
Na mesma hora fatídica.
Tropeço me mim mesmo.
Repudio minha vivência empírica!
Encontro-me com minhas histórias.
Num lugar onde explicações são irrelevantes.
Onde coexisto sem medo das más memórias!
No meu âmago.
Por um momento me entendo.
Não me arrependo!
Rio e bebo vinho como um pândego...
Observo o jogo.
Dou dicas ao destino...
Falando assim até pareço bobo.

Mas um bobo sem receio do desatino!




quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Pensadores e acionários

Tão bem constituídos.
Arquitetos da organização.
Com ideais definidos.
Prezam pela satisfação.
Se bem vivemos hoje, temos vantagem.
Existem pessoas que pensam.
Existem pessoas que agem.
Alguns, por fraqueza, desabam.
Atores da vida.
Pensadores das relações.
Reféns das idas e vindas.
Amigos das indagações.
O mundo precisa das pessoas que despontam.
Pessoas que amadurecem.
Que fazem e pensam.
Mensageiros do que escrevem.
Exemplares de um contraponto.
Entre a teoria e a prática.
Evolução e dádiva.
Pessoas pensam. Pessoas agem.
Eu? Você?

Quando pensaremos em agir?




terça-feira, 22 de outubro de 2013

Poder e pudor

Do poder que corrompe.
Não se extrai pudor!
Do mal que se esconde.
Perde-se o valor!
O poder é do mal.
Nos tentáculos da falta de um princípio.
O pudor é banal!
E o medo está na falha do artifício.
Vela-se o poder de ter pudor.

Quando o pudor de ter poder não há!




Veni, vidi, vici

Os dissabores da vida...
... me trouxeram até aqui!
Ora vinda, ora ida...
O destino? Nem vi...
Vim!
Muito observei...
... pouco concluí.
De respostas, não amarei!
Nem sobrevivi!
Vi!
Nem melhor, nem pior...
Um aspirante à felicidade!
Sem muito de sofisticado a propor...
Assim cheguei aqui, sem muita vaidade!
Venci!
Reclamo sem razão.
A vida é uma grande batalha, para todos!
Para que tanto refletir?
Se preciso, de fato, é sentir!
Tudo pode, e deve, ser mais simples do que aparenta...
A vida?
É tudo ou nada?
É a simplicidade de existir!
E basta!

Veni, vidi, vici!




sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Crônica de primavera

Primavera chegando...
... o amor está no ar!
A vida parece ter mais cor.
O perfume das flores nos faz levitar!
Friozinho e calor dançam juntos...
... e confluem num frescor agradabilíssimo.
Tudo parece mais vivo...
... mais alegre.
É tempo de rever conceitos.
Dar vida a novos projetos.
Exaltar a beleza das coisas!
Tomar banho de chuva.
Estar perto das pessoas que gostamos.
Ahhh! Como é bom ver...

... a felicidade florescendo novamente nos corações!




terça-feira, 15 de outubro de 2013

Sou eu

Eu sou um!
Sou vários...
Um errante comum.
Um cético entre otários...
Eu sou você!
Sou seu pai.
O que te trouxe!
Sei para onde vai...
Eu sou seu herói.
Seu vilão.
O que tudo corrói...
O que te estende a mão!
Enfim, sou mais um entre tantos.
O todo entre poucos!
A vida caída pelos cantos.

O maestro de muitos loucos!




terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Fim

O fim me parece uma boa ideia!
O fim basta e com ele tudo se desfaz.
Há quem sofra, mas não os verei chorar...
É o vai e vem da vida!
Quando tudo está perdido...
... o fim é o grande sábio das renovações!
É o adeus ao tradicional.
O recanto do desesperado.
A lágrima de quem perde!
A apoteose antes da vergonha!
Vergonha de não ser feliz!
Um reencontro com o início!
Gozo do não alcançado!
A máscara burlesca do fenecimento!
O sorriso do solitário!
O descanso do oprimido.
Ao fim, o suicida faz história!
Se é bandido ou mocinho? Não sei...

Só sei que é uma escolha, e das escolhas, a irremediável!




quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O que você acha da vida?

Um dia me perguntaram o que eu achava da vida.
Respondi:
— Eu? Eu não acho nada, pra começar nem perdi...
A pessoa insistiu:
— Fala sério...
 Olha meu amigo, eu não tenho nada pra dizer, aliás, creio que a vida nem quer que achemos algo a respeito dela.
— Ela não quer ser entendida. Nós é que teimamos em demasia para entendê-la!
O sabichão retruca:
— Esperava que você tivesse algo coerente a dizer...
Eu argumentei:
— Se eu for querer entender a vida, não vivo... Por isso prefiro deixar que ela me entenda!
— Entendeu?
Ele concordou...
Aí dei a pincelada final:
— Então, meu querido, vá viver: sem pressa, sem explicação, viver como se não soubesse que a vida é uma eterna pergunta sem respostas!




Gerações

Somos diferentes.
Divergimos muito.
Discurso através de fatos.
Ela fantasia suas crenças.
Penso abertamente.
Eles não abrem mão de seus pré-conceitos.
Questiono os achismos.
Provoco os paradigmas.
Ela simplesmente segue.
Às vezes, a cultura pode nos envenenar.
E o comodismo de uma geração é alimento para a alienação.
É gás para o bitolismo.
Discórdia com os pensadores.
O mundo é bem maior, complexo e evoluído do que eles imaginam.
Ficam sentados em suas poltronas bebendo ignorância.
Sem inquietações. Sem almejos.
Sem abrir os olhos para o justo e a reflexão.
Gosto dos porquês.
Não quero morrer pacato como uma marionete do sistema.
Quero contestar. Arguir sobre...
Ser livre para pensar.
Liberto para o novo respeitar.

E um ponto de equilíbrio, se existir,  encontrar!




quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sou chato

Tenho um dom.
O de ser chato.
Mas não o propriamente dito.
Quintana já falou...
... e me considero aquele chato que se chama Amigo.
Amo os que gosto.
Até demais...
Do fundo de minha arrogância digo:
Sou a pessoa mais chata que conheço.
E com louvor...
Um chato que incomoda os amigos...
... e não meramente coleciona conhecidos.
Há quem diga: um chato adorável.
Um chato do bem.
Mas a verdade é que sou assim.
Talvez seja uma virtude minha.
Sinto-me bem assim.
Por sinal, já estou demasiado chato.

Fim da crônica.




Criticar é fácil?

Será?
Vamos partir da premissa de que a fala é um ponto de desencontro.
Falamos e/ou escrevemos o que pensamos.
Pensar está relacionado com a fala interna.
Pela difícil confluência de pensamentos entre pessoas distintas...
... conclui-se que criticar é antes de tudo, um desencontro verbal.
Isso não é tão simples assim...
... criticar é também um desencontro entre o fazer e o interpretar.
Mas vamos nos ater à pergunta: é fácil?
Veja bem, criticar não é simplesmente expressar uma opinião!
Uma critica é uma opinião bem fundamentada e encasacada com coerência, experiência, delicatesse, profissionalismo e seriedade.
Se o que você chama de "Crítica" fugir disso, então criticar é fácil.
A crítica só é pertinente se quem a profere já esteve na pele do criticado.
No entanto, a crítica não é aceita com naturalidade.
Quem critica, deve cuidar para não cair em rodeios e/ou achismos!
Enfim...
... criticar não é tão simples como se pensa...

... fácil é reclamar!




terça-feira, 3 de setembro de 2013

E se um dia tudo acabar

E se um dia tudo acabar...
Poderei dizer que fui feliz.
Feliz até o último suspirar!
Sem o medo dos meus devaneios senis.
E se um dia tudo acabar...
Poderei olhar para trás e ainda assim amar!
Sem o receio de sofrer...
... que só o tempo fez esquecer!
E se um dia tudo acabar...
Quero que seja sereno.
Sem muitos motivos para chorar!
Posto que nunca foi um sentimento pequeno.
E se um dia tudo acabar...
Quero levar você comigo.
Na infinitude do seu beijo que um dia me fez gamar.
E hoje é uma distante presença de um amor proibido!
E se tudo acabar...
... vou levar a vida ou deixar que ela me leve!

Tendo a certeza de que acabar pode ser tão somente esperar!




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Madrugada romântica

No silêncio.
Um barulho.
Será alguém?
Quem? Um ladrão?
Pela janela...
... um gato!
Não, melhor, um gato e uma gata.
Que lindo!
Cantarolando o amor!
Balde de água fria...
Chuaaaaaá!

Boa noite!




domingo, 1 de setembro de 2013

Coração apaixonado

Ahhh... o amor!
Um sentimento áureo que brota sem querer...
... sem pedir.
Se ponderado, tem para todos...
... senão, não sobra nem para si mesmo.
Há quem diga que o céu é para os apaixonados...
... pois seus corações são mais leves que penas.
Há quem sinta saudade da infância...
... pois prefere joelhos ralados do que corações partidos!
Num coração apaixonado, o amor pulsa tal qual água da fonte...
... simplesmente vem e nos embebemos de sua saciedade!
Falamos, ouvimos, pensamos, sentimos, imaginamos o amor.
Pode ser de mãe, amigo, cônjuge, não importa...
... é amor e basta!
Talvez seja a arte de dizer com os olhos o que é evidente por si só.
Talvez seja a arte de conversar através de sorrisos.
De dois tornar-se um com um singelo beijo...
... ou abraço!
Talvez seja a arte de endeusar as pessoas sem adorá-las!

Prefiro dizer que o amor é o que nos torna naturalmente humanos.




sábado, 31 de agosto de 2013

A verdade nos liberta

Temos tanto a dizer... e falamos tão pouco!
É hora de abrir o coração...
... ou se afogar na frustração da loucura!
Só o verdadeiro sentimento nos liberta!
Só a verdade nos santifica!
A verdade fere.
A verdade enaltece.
Mais hora menos hora, ela precisa ser dita...
Não é fácil pra ninguém!
Mas...

A verdade é que...
... te amo!
... te odeio!


E preciso me Libertar!




segunda-feira, 8 de julho de 2013

Nihilum

Da sua convicção.
Um punhado de verdades e mentiras.
Um mero atrativo do sujeito.
Não venham me vender suas convicções!
Elas não passam de evocações mal resolvidas do seu superego!
Sua crença...
Sua convicção particular.
Meu dever em discordar!
Minha anarquia confortável...
Um fanático sem crença!
Uma crença em não crer?
Será?
Obra da sua imaginação!
Ou da minha?
Entre tantas crenças...
A arte de ser uma “pedra no sapato”.
A capacidade da enganabilidade inconsciente!
Tu nítido...
Eu niilista...

Em algum lugar... nenhum de nós!






domingo, 7 de julho de 2013

Cão sarnento

Lá vem o cão sarnento!
Andar cambaleante.
Rabo pitoco.
Olhar gélido.
Orelhas caídas.
Língua de fora.
Se coçando como um rei.
E quando vê seu Joaquim do açougue,
fica feliz tal qual criança com doce.
Como o pedaço de carne já no estomago,
vai até a Dona Cândida da pastelaria.
Então bebe leite como se fosse um bezerro.
Pobre cãozinho!
É o que ele mais ouve.
Fica profundamente triste quando alguém o repudia.
Retribui sorriso com sorriso.
Amor pra dar não lhe falta.
Pobre cão, seu destino é morrer!
Mas mesmo no fim, ele ama quem lhe estende a mão.
Cão doente.
Cão abandonado.
Cão chutado.
Cão sozinho.

Cão desprovido da maldade dos homens!




Domingo

Ahhh “O Dia do Senhor”!
Finalmente chegou!
Dia de fazer tudo. Dia de fazer nada!
Acordar com café na cama...
... ou dormir até tarde.
Que se explodam os despertadores.
Hoje é Domingo: Um dia ESPECIAL!
Que tanto gosto!
Da magia de um domingo ensolarado...
... à preguiça de um domingo chuvoso!
Um dia de expectativa.
Um dia redentor.
De ver os amigos que tanto gostamos.
Dia de rever fotos guardadas naquela gaveta...
... bem no fundo de nossa memória!

Mas já?!
Ahhhhhh, que pena!
Acabando O Domingo.
Já é segunda!
E começa novamente o anseio pelo próximo Domingo!

A fuga da semana!




sábado, 6 de julho de 2013

Vampiro

Nasci. Cresci. Morri!
E aqui permaneci.
Intocável.
Vendo a todos.
Todos morrerem...
Inclusive o amor!
Sugando os sentimentos carnudos.
Das pessoas com dor.
Sem saber pra onde vou!

Ahh como é triste!
Ser eterno entre os séculos.
E uma testemunha ocular da perversidade humana.
Da deturpação dos valores.

E as pessoas estão cada vez mais podres.
De tão ácidas...
... já perderam até o sabor!

E de vampiro, só me resta a cor!




Girassol

Girando você me faz perceber...
... da harmonia da vida!
A beleza da (im)perfeição dos detalhes e do todo!
Tão incessante.
Me faz girar contigo por um instante!
Força que (me) move...
Metaforicamente somos todos girassóis!
Uns tentando acompanhar o brilho da vida.
Outros, por falta d’água, murcham e se perdem.
E com o passar de muitos sóis...
... é hora de olhar para trás e ver as sementes de plantamos!
Onde plantamos? Para quem plantamos?

Girassol!
Gira o sol!
Giravida!
Gira sua vida!

Viva a VIDA!




sexta-feira, 5 de julho de 2013

Quero seu abraço

Quero seu abraço!
Somente o seu afago.
Bem apertado.
Por tanto tempo esperado!
Só com seu abraço...
... é que me satisfaço!
Não importa quanto tempo leve...
... não quero um abraço breve!
Quero você no meu recanto...
... até a cortina fechar!
Te gosto tanto!
Que meu coração, por seu abraço, começa palpitar!
Ôh bendita sina.
Que me faz perceber que somente tua falta me alucina!




segunda-feira, 24 de junho de 2013

o EU do Outro

No meu íntimo, entendo-me...
Minhas atitudes, minhas ações, o que faço...
... sempre é julgado pelos Outros!
Isso não me agrada!
Entretanto, na concepção dos outros...
... existem vários “EU”.
A visão de mundo varia de pessoa para pessoa.
O que faço, depende da sensibilidade de percepção do Outro.
Cada um tem uma imagem sobre mim.
Uns gostam, outros não...
Uns sequer relevam.
O problema é que sempre acabam reclamando...
Pois, dependendo do “EU” que percebem...
... recebem o “EU” que merecem!
Bem, essa é a dinâmica das relações que tanto tenho falado...
Que tanto prezo...
E que tanto reflito...
E que o Outro já está cheio de tanto ler...




Pacato cidadão

Às vezes, por bem poucas vezes...
... queria ser um pacato cidadão.
Despregado de certas raízes!
Sem preocupações e alucinação.
Com certeza seria menos frustrado.
Desprovido de tenras expectativas.
Sem saber se seria ou não um bitolado.
Imune às misericordiosas iniciativas...
Por vezes, gostaria de ser mais simples.
Pensar modestamente...
Mas não posso, vai contra minhas diretrizes!
Gosto mesmo é de questionar a mais condicionada mente...
O mais pacato cidadão não compreende...
... que o que faz é um processo de crente!
Tudo poderia ser mais trivial.
Mas trivialidade de pensar se constitui como credo banal.
E o pacato cidadão pode até ser o que mais sofre...
... mas certamente é o que, ao final, mais se diverte!




domingo, 23 de junho de 2013

Mutação

Era um ser tranquilo...
Um devoto do marasmo!
E num devaneio repentino...
Deu luz ao sarcasmo.
Abandonou a religião...
Traiu o seu comodismo.
Caiu em tentação.
Flutuou na infinitude do abismo.
De dia era um pacato trabalhador.
Um lorde na sociedade.
À noite, um enlouquecido transfigurador!
Um pândego sem idade.
Mas hoje, ele não tem mais medo da opinião alheia.
Sai para a gandaia e apronta.
E sabe muito bem, que nenhum inferno lhe sentencia!
Somente a vontade de ser feliz na vida é que, de fato, lhe afronta!








quinta-feira, 25 de abril de 2013

Do começo ao fim


Te quero...
Sempre quis!
Desde o começo.
Nos primórdios da incerteza...
Construímos na nossa gênese!
Pois desconheço um fim...
Só sei que espero...
... e continuarei esperando paciente!
Como sempre o fiz...
Talvez o desfecho não seja arrebatador...
Talvez não seja nada...
Só sei que...
Quero seu corpo.
Seu amor. Seu ódio.
Seu olhar de interrogação!
E enquanto viver, quero tudo isso intenso...
... do começo ao fim!




quarta-feira, 24 de abril de 2013

Apologia à preguiça


Uhaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh!
Que sono!
Que vontade de fazer absolutamente nada!
O corpo pesa.
Os olhos murcham.
A cama fica tão convidativa...
Que delícia é a preguiça.
Ahhh, deixa pra mais tarde...
... não é o que o brasileiro faz?
Mesmo que não seja preguiçoso?!
A vida é tão curta!
Morremos e os afazeres ficam!
Ahhh, vai dormir um pouco...
... preguiçar é BOOOOOOOOOM!
E chega de escrever.
Já estou com preguiça...
Uhaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh!
Hasta luego!



Ávido pelo futuro


Ando impaciente com o que virá.
Um emaranhado de novidades!
Um futuro que aos poucos se mostra.
Como uma passagem.
Entre o cômodo e a mudança.
Um giro de vida.
O abandono de uma parte já construída.
Uma chance ao novo.
O despertar de um adulto.
O desapego dos amores fixados.
É melancólico e alegre!
É nobre e objetivo.
Um tiro preciso.
Um adeus que está por vir.
Que doerá em todos.
Mas essa é a dinâmica da vida.
A expectativa é que...
... o destino cumpra seu papel.
E reúna os recíprocos mais uma vez, como se fosse no CEU.




segunda-feira, 22 de abril de 2013

Como é bom


Nos detalhes que me perfazem...
... encontrei você!
Amor meu.
Amada minha.
Gosto da tua presença!
Do teu cheiro!
Da suavidade do nosso beijo!
Do ressoar de nossa farta felicidade.
Ahh! Como é bom estar contigo.
Como é bom rir contigo!
Dormir e acordar com você.
O teu café pela manhã.
O teu cabelo.
O frio na barriga.
A falta de fôlego!
O olho no olho.
Você, queijo. Eu, goiabada.
Navego no brilho dos teus olhos.
Afogo-me na singularidade de tuas curvas.
No meu ser...
... o teu estar!
Eis a exclamação!
Por isso, clamo com toda força:
- Ó Deuses do Olimpo, não me afastem de minha amada!!!




domingo, 21 de abril de 2013

Um abraço bem apertado


Espero por um abraço apertado.
Com calor e emoção.
Vindo de alguém inesperado.
Um abraço sem intenção.
Espero um abraço carente.
Tal qual o meu ser está.
Espero um abraço que caia como um presente.
Que de tão verdadeiro me deixe besta.
Quando o abraço é espontâneo.
Pareço flutuar!
Tenho um desprendimento momentâneo.
Abraçar!
Uma arte. Um ato.
Uma entrega. Um trato.
Eu feliz.
Você feliz.
Nós, um só!
Completamente unidos.
Um bem comum.
Que não carece de axioma algum!




Relacionamentos


A relação com as pessoas...
... às vezes tão fácil...
... às vezes tão difícil!
Amamos as pessoas e tentamos moldá-las segundo nossos costumes e princípios!
Estamos certos ao fazer isso?
Pedimos reciprocidade...
... mas não somos respondidos!
Brigamos e fazemos caras feias...
... depois nos abramos e rimos de tudo isso!
Isso é normal? Deveria ser normal?
A bipolaridade dos sentimentos é normal?
Parece até que existe uma química dos relacionamentos...
... ora atrativa, ora repulsiva, vai saber!
Amamos e odiamos, não necessariamente nesta ordem.
Sentimos falta das pessoas de outrora...
... nos entregando à nostalgia!
Ora vulcões em erupção...
... ora um poço de águas calmas e cristalinas.
Enfim, não adianta dizer que não...
... julgamos o livro pela capa sim senhor!




quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Relatividade da Teoria


Certo ou errado?
Verdade ou mentira?
Sim ou não?
Talvez nenhum dos dois!
Teorias concisas.
Calcadas nas folhas amarelas dos catedráticos.
Modelagens e projeções.
Teorias e tonterias!
Para onde foram nossas ações?
Uma resposta se universaliza:
É relativo. Tudo é relativo.
A reflexão leva à relatividade das perguntas.
Leva a não aderência desta ou daquela teoria.
A teoria da relatividade.
A relatividade da teoria.
Que confusão.
Quanta relatividade.
Que de tanta complexidade...
... já nem mais sei o que é realidade!



terça-feira, 9 de abril de 2013

O Culto e o curto

Do pouco que sei...
... uso para me salvar!
Fugir da massificação das idiotices.
Da pseudointelectualidade dos mascarados.
Faço culto à reflexão.
Não curto a alienação!
Prezo por ser culto e simples.
E fico triste...
... triste pelo condicionamento social.
O condicionamento de ser curto.
Curto das ideias e da sabedoria.
Cultuar o culto!
Não curtir o curto.
Mas nunca ser um culto curto!






sexta-feira, 5 de abril de 2013

Idas e Vindas


Mudamos constantemente nossas escolhas...
... todos os dias!
Pessoas chegam.
Pessoas vão embora.
Às vezes ganhamos.
Em outras perdemos!
Descartamos sentimentos.
Reconstruímos laços afetivos.
Reciclamos amores quase esquecidos.
Tapeamos a vida pra lá e pra cá.
Sacudimos, e não necessariamente damos a volta por cima.
Frustramo-nos.
E para remediar, somente tiramos a poeira de nosso ego.
Tem gente que só vê a vida passar.
Tem gente que derrapa e se machuca bastante.
Outros recebem a vida com um lindo sorriso.
Estamos sempre indo e vindo!
Fazemos e não conseguimos desfazer.
Direção sem sentido, de quê adianta?
Ser uma metamorfose...
... gerada num casulo podre!
Ir quando na verdade se está voltando!
Rezar, quando o “Deus” está dentro de cada um...




quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Amor não usa óculos


Ele a ama.
Ela o ama.
Mas nada se desconfia...
Ele acha que o amor é platônico...
Ela espera iniciativa...
Nada se sabe.
Algo fica no ar...
... e se exaure pelo simples desejo!
Cada um em seu mundo, esperando o outro.
E assim essa indecisão perdura...
Quem sabe...
... num dia desses, o Amor se desatina...
Se o Amor é cego...
... de nada adianta usar óculos!




quarta-feira, 3 de abril de 2013

Nossa canção de amor


Nossa canção de amor é banal.
Fala do amor.
Do nosso amor.
Do seu jeito sentimental.
Te amarei não importa onde for.

Nosso amor é assim.
Um pouco levado.
Muito bem cuidado.
Na caixa da vida.
Um tesouro guardado.
Uma rosa colorida.
Com o brilho da nossa união.

Na nossa canção, a melodia é a cumplicidade.
O ritmo, a simplicidade.
O sentido, te querer mais e mais!



segunda-feira, 1 de abril de 2013

As folhas de Outono


Cada vez que vejo as folhas de outono caindo lembro...
... das oportunidades desperdiçadas...
... dos amores findos...
... das pessoas esquecidas...
... das importâncias deixadas para trás.
É uma das certezas da vida: as folhas de outono cairão!
Como estrelas cadentes, sucumbirão à gravidade...
... e num ato sútil, repousarão sobre a terra.
Mostrando a todos que cair é inevitável!
Levantar é opcional!
Mas lembre-se que depois de cair...
... não podes contar com o vento para te (re)erguer!