Lá vem o cão sarnento!
Andar cambaleante.
Rabo pitoco.
Olhar gélido.
Orelhas caídas.
Língua de fora.
Se coçando como um rei.
E quando vê seu Joaquim do açougue,
fica feliz tal qual criança com doce.
Como o pedaço de carne já no estomago,
vai até a Dona Cândida da pastelaria.
Então bebe leite como se fosse um
bezerro.
Pobre cãozinho!
É o que ele mais ouve.
Fica profundamente triste quando alguém o
repudia.
Retribui sorriso com sorriso.
Amor pra dar não lhe falta.
Pobre cão, seu destino é morrer!
Mas mesmo no fim, ele ama quem lhe
estende a mão.
Cão doente.
Cão abandonado.
Cão chutado.
Cão sozinho.
Cão desprovido da maldade dos homens!
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