segunda-feira, 12 de maio de 2014

Eu era, eu sou, eu não sei!

Eu era...
Eu fui...
Durante várias eras me construí de muitas versões de mim...
... e me desconstruí em um ser atual.
Uma projeção do passado.
Uma análise do futuro.
Um meio termo inacabado!
É o que sou.
A eterna contradição de desprezar os sentimentos temporais.
Sou o que veio e não passou.
O amor que foi projetado e sequer vingou.
Sou o beijo não dado.
O olhar desviado!
Sou o que fui...
... e o que serei!?
Sou o paladino do pretérito imperfeito.
Sou a mira não acertada.
A tentativa certeira.
O avarento feliz.
O senhor que senta na beira de sua vida e sorri.
O jovem que olha para o último fio de vida e sucumbe.
Hoje me acho um idiota tentando prever um eu melhor.
Mas daí lembro que o idiota de hoje é o ser requintado tão sonhado em outrora...
Somos muito menos que um somatório de lembranças...
... e muito mais que um produtório de expectativas!
Em tese sou um, em prática sou vários!
Essa reflexão vai muito além de ser feliz ou não.
Ela entra no âmago do que somos quando o tempo varia...
... e do que somos de acordo com nossa visão atual fixada!
Eu era o que passou.
Eu sou o que lembrei e o que desejo.
E do que vem eu me orgulho em dizer: eu não sei!







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